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A "Torre de S. Vicente da Barra" ou o "Castelo de S. Vicente a par de Belém", habitualmente designada como "Torre de Belém". Impressiona pelo equilíbrio de suas formas e o pormenor que reveste cada um dos seus elementos. Este rigor estético aplica-se a todos os pontos de vista, de terra, do mar e até numa vista aérea ou a partir da Ponte sobre o Tejo. A sua reconstrução por volta de 1940, embora lhe tenha alterado um pouco a fisionomia, consegue manter a proporção do todo e das partes, sendo, no entanto, a mais trabalhada aquela que olha o Tejo. |
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Simbólica, poderosa, imponente, emblemática e cheia de outros adjectivos elevados próprios da época onde se inscreve, a Torre de S. Vicente localiza-se num ponto estratégico da barra de Lisboa sendo este o ponto mais avançado para sul. A arquitectura militar atinge aqui um máximo digno de registo. Pensada já por D. João I, a sua construção tem inicio bastante mais tarde, por volta de 1515. Francisco de Arruda assina o projecto que esteve para ser arrasado em seguida, no reinado de Filipe II. |
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A substituição da torre e do baluarte da base por outra de maiores dimensões não chega a ser realizada mas o conjunto acaba por sofrer algumas alterações que a descaracterizam até que em 1845 lhe é restituída a traça primitiva. Curiosamente esta torre revela um certo eclectismo de estilos, pouco usual na época da sua construção, e consta que o rinoceronte que está esculpido na base de uma das guaritas será o primeiro destes animais a ser representado na Europa. Este rinoceronte tem como modelo o que serviu de base à famosa gravura de A. Durer, uma fêmea rinoceronte que foi na primeira embaixada de D. Manuel I ao Papa e que acabou, tragicamente, no mar. |
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